Em Portugal, um grande número de mulheres é confrontado com a notícia de infeção por VIH no decurso dos exames de rotina pré-natal. Estas mulheres que não têm conhecimento do seu estado se saúde relativamente à infeção e engravidam vêm-se confrontadas com um processo de tomada de decisão que as coloca perante uma de duas opções: continuação versus interrupção da gravidez. Outras, conhecendo a sua situação clínica, de infeção por VIH, optam por engravidar.
Privilegiando uma perspetiva ecológica, o objetivo deste projeto de investigação consistiu, em primeiro lugar, avaliar o processo de decisão reprodutiva e, em segundo, a adaptação à gravidez e ao nascimento de um filho, nas dimensões individual e relacional. Adicionalmente, foi ainda avaliado o papel dos diferentes contextos de influência (sociodemográficos; associados à infeção pelo VIH; associados à gravidez/maternidade; e relacionais), que permitiu um conhecimento mais compreensivo do processo de adaptação à gravidez e ao nascimento de um filho.
Os resultados deste projeto de investigação permitiram aprofundar o conhecimento atual sobre o impacto psicológico da infeção por VIH na adaptação à gravidez e transição para a maternidade contribuindo, também, para a implementação de programas preventivos e de intervenção psicológica antes (planeamento familiar) e durante a gravidez e pós-parto, deste modo contribuindo para minimizar os fatores de riscos associados e, simultaneamente, promover a saúde mental nos níveis de funcionamento individual e familiar.
Esta página pretende fazer a divulgação do projeto de investigação – Gravidez e maternidade: Um estudo longitudinal sobre mulheres infectadas pelo VIH - desenvolvido no Departamento de Medicina Materno-Fetal, Genética e Reprodução Humana/Maternidade Doutor Daniel de Matos dos Hospitais da Universidade de Coimbra entre 2004 e 2007. Este projeto foi financiado pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida (Proc. 11-7.3/2004) e apoiado por uma bolsa de Doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT; SFRH/BD/19126/2004).
In Portugal, for a substantial number of women, the notice of a positive diagnosis of HIV infection occurs many times during the routines of prenatal care. A woman who does not have any knowledge of her HIV status and who becomes pregnant is confronted with a critical decision about childbearing: continuation vs. termination of pregnancy. Others, knowing their clinical situation, of HIV infection, choose to get pregnant.
Privileging a developmental and ecological approach, the aim of this research project was, firstly, to assess the process of reproductive decision, and secondly, to characterize the adjustment to pregnancy e to the birth of a child in both individual and relational dimensions. Additionally, it was also assessed the role of the different contexts of influence (sociodemographic; associated with HIV; associated with pregnancy and motherhood; and relational), which allowed a more comprehensive knowledge of the adjustment process during pregnancy and following the birth of a child.
The results from this research project allowed to deepen the current knowledge on the psychological impact of HIV infection on adjustment to pregnancy and transition to motherhood, thus contributing to the implementation of psychological preventive and intervention programs before (family planning) and during pregnancy and postpartum, therefore contributing to minimize the associated risk factors and, simultaneously, to promote mental health, both at the individual and familiar levels of functioning.
This page is intended to present the research project – Pregancy and motherhood: A longitudinal study among women living with HIV – which was developed in the Departamento de Medicina Materno-Fetal, Genética e Reprodução Humana/Maternidade Doutor Daniel de Matos dos Hospitais da Universidade de Coimbra between 2004 and 2007. This research Project was funded by the Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida (Proc. 11-7.3/2004) and supported by a PhD grant from the Portuguese Foundation of Science and Technology (FCT; SFRH/BD/19126/2004).
Maria Cristina Canavarro
Marco Pereira
Anabela Araújo Pedrosa
Lúcia Pinho
Médica. Assistente Graduada de Obstetrícia. Responsável pela Consulta de Obstetrícia-Infecciosas da Maternidade Dr. Daniel de Matos – HUC.
Eugénia Malheiro
Consulta de Obstetrícia-Infecciosas da Maternidade Dr. Daniel de Matos – HUC.
Luís Marques
Hospital Psiquiátrico do Lorvão. Maternidade Dr. Daniel de Matos – HUC.
Rosa Henriques
Maternidade Dr. Daniel de Matos – HUC.
Isabel Leal
Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Departamento de Psicologia Clínica da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (Lisboa).
Maria de Jesus Correia
Departamento de Psicologia da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (Lisboa).
Maria Graça Rocha
Consulta de Infecciosas do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Constança Moura e Casas
Consulta de Infecciosas do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Marie Anaut
Institut de Psychologie, Université Lumière, Lyon, França.
Victoria Gordillo
Universidade Complutense de Madrid, Espanha.
Comissão de Ética dos HUC - Hospitais da Universidade de Coimbra
Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida (Proc. 11-7.3/2004)
Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social (IPCDVS) - FPCEUC
Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/19126/2004)
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCE-UC)
Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social (IPCDVS) - FPCEUC
UnIP - Unidade de Intervenção Psicológica Maternidade Daniel de Matos
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