IFS - Escala de Impacto Familiar
IFS – Impact on Family Scale
Ruth Stein & Catherine Riessman, 1980
Ana Fonseca, Bárbara Nazaré, & Maria Cristina Canavarro, 2009
Descrição geral: Esta escala pretende avaliar a percepção parental dos efeitos da condição de saúde (perturbação/doença física crónica) da criança na vida familiar – sobrecarga ou burden familiar -, e pode ser utilizada em diversos grupos de diagnóstico.
Embora considere efeitos positivos, esta escala foca-se nos efeitos negativos, conceptualizados em termos de perdas: sobrecarga financeira, restrições na vida social, interacção diminuída com outros significativos da rede social, menos tempo disponível para outros membros da família e maior sofrimento ou tensão emocional subjectiva.
Número de itens: Na versão original, a escala é composta por 24 itens, respondida numa escala tipo Likert de 4 pontos sobre o grau em que cada afirmação se aplica ao pai/mãe ou à família (de 1 = Discordo fortemente a 4 = Concordo fortemente). Alguns itens são cotados invertidamente. A versão original da escala organiza-se em quatro factores: Financial Burden (consequências económicas para a família), Familial/Social Impact (perturbação/diminuição da interacção social); Personal Strain (tensão ou sobrecarga psicológica experienciada pelo principal prestador de cuidados) e Mastery (estratégias de coping utilizadas pela família). Numa versão revista da escala, optou-se por uma estrutura unidimensional, composta apenas por 15 itens (itens das dimensões Familial/Social Impact e Personal Strain).
Factores e características psicométricas: Os estudos da versão portuguesa desta escala sugerem pela utilização de uma dimensão única de percepção de sobrecarga, composta por 15 itens, que inclui os itens das dimensões Familial/Social Impact e Personal Strain. As propriedades psicométricas da versão portuguesa da escala consideram a sua utilização adequada, tanto na prática clínica como na investigação.
Pontuações superiores indicam uma percepção de maior impacto da condição de saúde na família.
Versão portuguesa do instrumento:
url:https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/20659
Outras versões do instrumento:
Kolk, A., Schipper, J., Hanewald, G., Casari, E., & Fantino, A. (2000). The Impact-on-Family Scale: A test of invariance across culture. Journal of Pediatric Psychology, 25, 323-329. doi:10.1093/jpepsy/25.5.323
url: http://jpepsy.oxfordjournals.org/content/25/5/323.abstract
Stein, R., & Jessop, D. (2003). The Impact on Family Scale revisited: Further psychometric data. Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics, 24(1), 9-16. doi:0196-206X/00/2401-0009
Stein, R., & Riessman, C. (1980). The development of an Impact-on-Family Scale: Preliminary findings. Medical Care, 18, 465-472.
url: http://www.jstor.org/stable/3764198?seq=1#page_scan_tab_contents
Williams, A., Piamjariyakul, U., Williams, P., Bruggeman, S., & Cabanela, R. (2006). Validity of the revised Impact on Family Scale. The Journal of Pediatrics, 149, 257-261. doi:10.1016/j.jpeds.2006.04.003
url: http://www.jpeds.com/article/S0022-3476(06)00276-9/abstract
Ana Fonseca: anadfonseca@fpce.uc.pt
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